No nosso dia-a-dia por vezes temos dificuldade em iniciar algo novo, algo que nunca fizemos. Estamos aparentemente prontos, mas não iniciamos, esperamos, adiamos, na expectativa que mais tarde possamos estar mais confortáveis. Levamos muito tempo neste processo, por vezes demasiado, e muitas vezes não nos permitimos iniciar. As nossas emoções estão em controlo, os medos sobrepõem-se e isso inibe-nos de começar.
É como se quiséssemos iniciar a marcha do nosso automóvel com o travão de mão activo.
Estes medos vêm muitas vezes da forma como pensamos que os outros nos vão julgar, mas efectivamente somos nós que nos estamos a julgar.
Sim, é verdade que os outros nos vão julgar, mas também é verdade que os nossos medos agigantam o problema. Todos temos a experiência que depois de olhar de frente para uma situação difícil afinal não era assim tão difícil. O resultado foi bastante diferente das nossas expectativas.
O nosso julgamento é repleto de enviesamentos, temos pouca clarividência. Os outros, aqueles que pensamos que nos vão julgar negativamente, vêm-nos de fora e por isso têm mais possibilidades de ser clarividentes. Contrariamente ao que pensamos, nestes momentos, são eles que muitas vezes acreditam mais em nós que nós mesmos.
Para iniciar a marcha precisamos de desactivar o travão de mão, mas não ficamos desprotegidos, durante o nosso caminho a nossa consciência alerta-nos para o perigo e usamos o travão de pé para reduzir velocidade ou parar.
Nestes momentos de dúvida, talvez seja bom colocar de um lado da balança os nossos medos e do outro as frustrações que vamos ter por não termos tentado. Qual será melhor escolha? Cada um de nós terá a sua resposta para esta pergunta.
Mas se colocar umas graminhas de coragem talvez se permita desactivar o travão de mão e começar o seu caminho
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